quinta-feira, 29 de abril de 2010

O que é Umidade relativa do ar???



UMIDADE RELATIVA DO AR - BRASIL

Entende-se pôr umidade o conteúdo de água em uma substância ou material. No caso da umidade do ar, a água esta misturada com o mesmo de forma homogênea no estado gasoso.
Como qualquer outra substância o ar tem um limite de absorção, este limite se denomina saturação. Abaixo do ponto de saturação ( ponto de orvalho ) o ar úmido não se distingue do ar seco ao simples olhar sendo absolutamente incolor e transparente. Acima do limite de saturação a quantidade de água em excesso se precipita em forma de neblina ou pequenas gotas de água (chuva). A quantidade de água que o ar absorve antes de atingir a saturação depende da temperatura e aumenta progressivamente com ela.

Ponto de orvalho é definido como o ponto em que o vapor de água presente no ar esta prestes a se condensar. O ar atmosférico sempre contem quantidade variável de vapor de água conforme a temperatura, região, estação, etc. Esse vapor, resultante da evaporação das águas dos mares, rios e lagos, sobretudo pela ação do calor solar, sobe na atmosfera e passa a fazer parte de sua composição. Devem-se ao vapor de água diversos fenômenos relevantes na vida de animais e plantas, como a chuva, neve, etc.

O tempo depende não apenas dos ventos, mas também da umidade. Muitas vezes no verão nós dizemos que o ar está úmido, pesado. O ar "pesado" tem grande umidade relativa; ele contém quase tanta umidade quanto pode conter. Quando um espaço contém todo o vapor d'agua que pode conter à sua temperatura, sua umidade relativa é de 100%. Se um metro cúbico de ar contém 7 gramas de vapor d'gua, mas pode conter 14 gramas, sua umidade relativa é de 50%. Umidade relativa de um volume de ar é a relação entre a quantidade de vapor de d'água que ele contém e o que conteria se estivesse saturado.
A quantidade de vapor d'água necessária para saturar um volume aumenta com a temperatura. A temperatura em que o vapor d'água fica saturado chama-se ponto de orvalho. No inverno rigoroso, ao ar livre, o ar que você expira é tão úmido que, esfriando-se bastante, pode ficar abaixo do ponto de orvalho. Então ele se condensa formando uma névoa.
No frio do inverno o ar pode conter pouca umidade; seu ponto de orvalho é baixo. No verão o ar pode conter mais vapor d'água; portanto seu ponto de orvalho é mais alto.
Algumas vezes, no inverno, e mesmo no verão (em dias úmidos e chuvosos), o vapor d'água do ar se condensa nos vidros dos automóveis, por dentro, impedindo a boa visibilidade.
Os valores da umidade relativa normalmente encontrados próximo à superfície da terra estão em torno de 60%; já em um deserto, onde a temperatura sobe, por vezes, a valores maiores que 45ºC, a umidade relativa é de apenas 15%.
(Umidade Global - 27/04/1995 - Castanho corresponde a baixa umidade)

Um fato interessante interessante ligado à umidade relativa é que o homem sente-se melhor em um ambiente com umidade baixa - mesmo a despeito de forte calor - do que em lugares de umidade relativa elevada e temperaturas menores. Nestes últimos, o suor custa mais a evaporar, razão pela qual a sudorese, ainda que abundante, não provoca resfriamento sensível. Uma sudorese muito menor em ambiente de ar seco permite, ao contrário, uma evaporação rápida do suor e uma consequente diminuição de temperatura.
Se você vive num lugar em que o ar é seco no verão, isto é, a umidade relativa é baixa, você sua livremente e pode suportar temperaturas superiores a 37ºC. Num lugar de muita umidade você sente calor mesmo a 25ºC. Não é o calor, é a umidade que faz você sentir-se mal. O seu conforto depende da temperatura do ar como de sua umidade relativa.

Higrômetro

Algumas substâncias com capacidade de absorver a umidade atmosférica servem como elemento básico para a construção de higrômetros. Entre elas estão o cabelo humano e sais de lítio. No higrômetro construído com cabelo humano, uma mecha de cabelos é colocada entre um ponto fixo e outro móvel e, segundo a umidade a que está submetida, ela varia de comprimento, arrastando o ponto móvel. Esse movimento é transmitido a um ponteiro que se desloca sobre uma escala, na qual estão os valores da umidade relativa. Outro tipo de higrômetro é o que se baseia na variação de condutividade de sais de lítio, os quais apresentam uma resistência variável de acordo com a água absorvida. Um amperímetro com sua escala devidamente calibrada fornece os valores de umidade do ar.

Outra maneira de medir a umidade relativa é calcular a velocidade de evaporação da água. Para isso, dois termômetros idênticos são expostos ao ar: um traz o bulbo descoberto; outro tem o bulbo coberto por gaze umidecida. A temperatura do segundo termômetro é, pelo arranjo, inferior à do primeiro, porque a água evaporada da gaze resfria o bulbo. Quanto menor a umidade do ar, tanto maior é o resfriamento da gaze. A partir da diferença de leitura entre os dois termômetros, e com a ajuda de uma tabela, pode ser encontrado o valor da umidade relativa.
O ar contém um valor definido de vapor de água (g/m3); este valor significa a umidade absoluta.
Existe um valor máximo admissível de vapor no ar. Se este valor for ultrapassado, o vapor se transformará em neblina ou, conforme o caso, em chuva.
O máximo vapor que o ar consegue absorver (100%) depende da temperatura ambiente.
A umidade relativa do ar nada mais é que uma porcentagem do valor máximo admissível.
A quantidade máxima possívelvel depende principalmente da temperatura e é importante ressaltar que a umidade relativa esta sempre relacionada com a temperatura.

TABELA DE VAPOR MÁXIMO ABSORVIDO NO AR

OC ____ g/m3v____ OC____ g/m3v ____ OC ____ g/m3v
- 3O ____ 0,45 ____ 4 ____ 6,36 _______ 16 ______ 13,65
- 2O ____ 1,07 ____ 6 ____ 7,27 _______ 18 ______ 15,40
- 1O ____ 2,36 ____ 8 ____ 8,28 _______ 20 ______ 17,31
- 5 ____ 3,14 ____ 10 ____ 9,41 _______ 25 ______ 23,07
O ____ 4,85 ____ 12 ____ 10,68 _______ 30 ______ 30,39
2 ____ 5,57 ____ 14 ____ 12,09 _______ 35 ______ 39,60
--- ____ --- ____ --- ____ --- __________ 40 _______ 51,12

- Exemplo: Conforme a tabela acima, num ambiente de 20ºC o ar absorve no máximo 17,31 g de vapor de água pôr m3 de ar, ou seja, 100%. Então, 50% u/r em um ambiente de 20ºC corresponde a:

(17,31x50)/100 = 8,67 g/m3


- Se seguirmos o exemplo e baixarmos a temperatura deste ar (8,67 g/m3 de vapor absorvido) entre 8 e 10ºC, o mesmo se sobrecarregará de vapor e o excesso precipitará.

- Num ambiente onde já existe muita umidade, uma pequena queda na temperatura poderá causar a precipitação, danificando a mercadoria ou equipamentos estocados.

- Isto significa que é necessário manter a temperatura do ambiente uniforme, de preferência ventilada. No caso de ambientes com diferentes temperaturas (janelas, infiltração solar, paredes aquecidas ou resfriadas em demasia) é necessário o controle em vários pontos, independentemente da dimensão da área.

Cuidado ! Baixa umidade do ar e problemas respiratórios!



A baixa umidade do ar e o calor, são apenas alguns prejuízos que a humanidade tem e continuará a ter, pelo que tudo indica, isso se ações importantes não forem tomadas para começar a amenizar as fortes alterações climáticas que a cada ano se tornam mais evidentes e conseqüentemente mais danosas aos seres humanos, os resultados brevemente poderão não ser mais momentâneos, passando a ser persistentes e duradouros.

Se não bastasse o descaso ambiental, as políticas governamentais de saúde pública são desfocadas, insuficientes e desarticuladas, comprovado pela epidemia de dengue, e tantas outras doenças que assolam o nosso país.

Alguns estados já sofrem com a baixa umidade do ar, que aliada ao forte calor prejudica a saúde de crianças e adultos, principalmente aqueles com problemas respiratórios como asma, bronquite e outras doenças que se agravam nestas épocas do ano.

Algumas regiões sofrem mais do que outras com esta baixa umidade do ar, por isso técnicas como colocar uma bacia com água dentro do quarto, estender uma toalha molhada na cabeceira da cama, vestir roupas leves, tomar bastante água são medidas necessárias para amenizar este sério problema.

Algumas pessoas jogam água no chão do quarto, o que não é aconselhável, pois a água ficando acumulada nos cantos e frestas pode causar desenvolvimento de fungos e aparecimento de pequenos insetos.

Além de dificuldades respiratórias, boca, garganta e olhos ficam secos e pessoas que fazem uso de lentes de contato sofrem ainda mais.

Aproveito para dar algumas dicas para melhorar o ar em casa. Como é o aparelho umidificante de ambiente, que apresenta algumas características que fazem dele uma boa opção para solucionar este problema, principalmente a noite, mas durante o dia ele pode ser colocado na cozinha ou na sala, onde as pessoas da casa se concentram mais, proporcionando uma melhor qualidade de vida a esta família. O aparelho purifica e umidifica o ambiente por longo período e repõe por volta de 50% da umidade. Outra forma de deixar o ar bem agradável é colcar uma toalha molhada na cabeceira da cama durante a noite ou uma bacia com água.


DICAS - PROBLEMAS DE UMIDADE

ÁGUA QUE SOBE PELAS PAREDES

• Origem: quando o terreno é muito úmido, a tendência é que a umidade acumulada seja absorvida pelo alicerce da casa e brote na parede, formando manchas de bolor ou estufando a tinta da área próxima ao rodapé.
• Solução: é necessário retirar o reboque de uma faixa até 50cm acima da mancha. São feitos pequenos furos a cada 10cm nos tijolos e injeta-se um produto à base de silicatos, que se infiltra na porosidade do tijolo e enrijece. Depois de seco, refaz-se o reboque, de preferência com produtos impermeabilizantes misturados à massa de cimento e areia. Se a parede for de blocos de concreto não é possível tratar definitivamente a umidade, apenas diminuí-la por curtos períodos, refazendo o reboque com argamassa impermeabilizante.
• Prevenção: usar argamassa com impermeabilizante ou manta asfáltica em toda a extensão do alicerce. A alvenaria também deve ser assentada com argamassa impermeabilizada até a oitava fiada.

RECOMENDAÇÕES ÚTEIS

• seguir sempre as orientações dos fabricantes e deixar que os materiais de construção (massa de assentamento e tijolo) sequem bem antes de serem cobertos;
• todas as lajes precisam ser impermeabilizadas. Se a laje é de concreto, a impermeabilização deve ser flexível, ou seja, feita com as membranas moldadas no local, como o piche. Se a laje for pré-moldada, recomenda-se a utilização de mantas pré-fabricadas, como as asfálticas. A proteção adequada da laje requer:
» a execução de caimento correto com argamassa em direção ao ralo ou à calha;
» o arredondamento dos cantos vivos com argamassa;
» estender a impermeabilização ao interior dos ralos e, caso a laje se encontre com uma parede, impermeabilizar os seus primeiros 20cm de altura;
» proteger a camada impermeabilizante com argamassa, evitando o desgaste provocado pelos raios ultravioleta e infravermelho e trincas devidas aos movimentos normais da construção, à sua dilatação e à contração no calor e no frio e à exposição constante ao sol e às intempéries.
• as áreas molhadas (banheiros e cozinhas) são as mais sujeitas a apresentar problemas de infiltração, cuja solução exige regularização da superfície, aplicação de manta asfáltica, proteção mecânica e recolocação do revestimento. Se o problema ainda não se deu, é recomendável uma prevenção, fazendo uma calafetação anual de bancadas de pias, vasos sanitários, banheiras e ralos, usando silicone. O local de instalação de banheiras também deve ser impermeabilizado.

Método de Cálculo:


Sendo UR% é a umidade relativa do ar (expressa em porcentagem); e é a pressão parcial de vapor de água do ar (g/kg) e es é pressão de vapor nas condições de equilíbrio, também chamada pressão de vapor de saturação.
A pressão de vapor de saturação (es) corresponde ao valor de vapor da pressão de vapor obtida em uma câmara contendo ar sobre uma superfície de água líquida (ou de gelo para temperaturas abaixo do ponto de fusão). Nas condições de equilíbrio, o número de moléculas de água mudando da fase de líquido de vapor é igual ao número de moléculas de vapor mudando da fase vapor para a fase líquida. Essas condições de equilíbrio são conhecidas como condições de Clausius-Clapeyron e a pressão de vapor de saturação é um ajuste experimental da equação de Clausius-Clapeyron, que é formalmente a relação entre es e a temperatura do sistema ar úmido - água líquida.
Pequenas supersaturações são necessárias para o crescimento de gotas por difusão de vapor sob condições de nucleação heterogênea normais na atmosfera.



Fonte:http://www.etec.com.br/muda3.html